Performance Art durante o primeiro encerramento da COVID19. Um pensamento sobre o confinamento individual e industrial que em dias mudou a pegada ambiental da humanidade. que em dias se tornou um vazio para milhares de pessoas das artes e da cultura.
Composto por três actos:
O Último Abraço – representando o distanciamento social que as gerações actuais nunca tinham experimentado antes. De repente, tudo é perigoso; a proximidade; o toque; o desconhecido. A separação sem despedidas.
A Gorjeta – De repente, os artistas dependem mais do que nunca do apoio para sobreviver. Toda a actividade cultural em palco é suspensa. Anseio por apoio governamental.
A Corrente – a pegada ecológica da paragem da actividade humana tornou-se evidente nas imagens de satélite. Em semanas, o ar tornou-se mais limpo, o ruído atenuado, os céus mais claros. E depois? Quando já não precisamos de máscaras?
Por Joao Espanca Bacelar Musica original: João Cágado | artista convidado: André Sier | co-performer: Claudia Silvano Contribuições video: Carlos Moura Carvalho, Carla Dias, Vítor Moreira, José Russo, Feliciano Mira, Telmo Rocha, António Gavela, Lurdes Nobre, António Carrapato, Gonçalo Oliveira, Manuel Dias, Greg Moore, Alípio Carvalho Neto, Hugo Osga, Rodrigo Fonseca, Vítor Zambujo, Rosario Gonzaga, Pedro Rodrigues, Pedro Fazenda, Mariana Mata Passos. Operador de drone: Rui Fernandes – GMT Produções, Audio: Manuel Chambel 21 de Maio de 2020, Évora, Portugal no âmbito da Vigília pela Cultura.
A WIPHALA é o símbolo que representa a união e independência dos povos dos Andes.
A palavra tem origem nas palavras da língua aimará eiphay. Uma expressão de alegria, e phalax, que é o sonho produzido por conduzir uma bandeira.
Exploração gráfica generativa a partir da Wiphala para o Museo de Arte Contemporáneo Plaza – Bolívia, numa reflexão acerca dos direitos dos povos andinos.
As cores têm origem no arco-íris, tomado como referência pelos antepassados andinos, para mostrar a composição e estrutura dos emblemas e organizar a sociedade comunitária e harmónica dos Andes.
A Wiphala é propriedade das nações originárias. Para os Quíchuas e Aimarás, a Wiphala é a expressão do pensamento filosófico andino, e seu conteúdo manifesta o desenvolver da ciência, tecnologia e arte, é também expressão dialética de Pacha-Kama e Pacha-Mama, é a imagem de organização e harmonia de irmandade e reciprocidade nos Andes. Por isso a Wiphala é sagrada, e corresponde difundir e defender a imagem, o significado do problema em toda a área andina, tanto no Equador, no Peru, como na Bolívia, e mostrar os problemas do mundo, a identidade territorial, nacional e cultural. Seu manejo e uso deve ser permanente e consequente.
· Vermelho: Representa o Planeta Terra (aka-pacha), é a expressão do homem andino, no aspecto intelectual, é a filosofia cósmica no pensamento e conhecimento dos Amawatas. · Laranja: Representa a sociedade e a cultura, a da cultura, também expressa a preservação e procriação da espécie humana, considerada a mais apreciada riqueza patrimonial da nação, a saúde e medicina, a formação e educação, a prática cultural da juventude dinâmica. · Amarelo: Representa a energia e força (ch’ama-pacha), é a expressão dos princípios morais do homem andino, é a doutrina de Pacha-Kama e Pacha-Mama: a Dualidade (chacha-warmi) são as leis e normas, a prática coletiva da irmandade e solidariedade humana. · Branco: Representa o tempo (jaya-pacha), é a expressão do desenvolver e a transformação permanente do Quallana Marka sobre os andes, e o desenvolver da ciência e a tecnologia, e arte, e trabalho intelectual e manual que gera a reciprocidade e harmonia dentro da estrutura comunitária. · Verde: Representa a economia e produção andina, é o símbolo das riquezas naturais, da superfície e sub-solo, representa terra e território, e assim mesmo a produção agropecuária, a flora e fauna, as reservas hidrológicas e minerais. · Azul: Representa o espaço cósmico, o infinito (araxa-pacha), é a expressão dos sistemas estrelares do universo e os efeitos naturais que estão sobre a terra, é a astronomia e a física, a organização socioeconómica, política e cultural, é a lei da gravidade, as dimensões e fenómenos naturais. · Violeta: Representa a política e ideologia andina, é a expressão de poder comunitário e harmónico dos andes, o instrumento do estado, como uma estância superior, que é a estrutura do poder, as organizações, sociais, económicas e culturais e a administração do povo do país.
Para esta oficina foi programado trabalho com exemplos baseados em código aberto, software livre e plataformas de hardware livre. Inicialmente pensado para Processing e Raspberry Pi Arduino mas depressa se percebeu que só haveria tempo para abordar Processing. Cada oficina consistiu de dois tempos lectivos com intervalo. Os alunos já têm aulas de programação por objeto com base em UBBU o que facilita a ponte de ligação entre plataformas. Os alunos assistem e experimentam. Explicação ilustrada de funcionamento, construção de um sketch básico com formas, cores, criação de um objeto, movimento e condições, interatividade com webcam. Pretende-se motivar para as artes dos novos media mostrando possibilidades fáceis e acessíveis à realidade dos alunos. Os alunos ficaram com uma obra gráfica produzida por si resultante da sua participação.
Foram programadas 6 oficinas para 6 turmas. Inscrição automática para alunos de Programação e Robótica do 5º ano, neste caso na Escola André de Resende.
A oficina inseriu-se no programa Artes à Escola 2020 da Câmara Municipal de Évora
Foto Rosário Fernandes – CME
O plano que preparei consiste na apresentação inicial de exemplos de trabalho que tenho feito sobretudo com Processing, OpenFrameWorks e VPT (obviamente há mais software e equipamento envolvido). Descrição da performance no Cante Acusmático de Pias no sentido de elucidar o plano técnico de captação de imagem, assim como outros exemplos que pudemos ver em funcionamento como as Janelas e o Mapping das Águas de Prata. Alguma teoria de arte, tentando ligar oportunamente aspetos da arte generativa a estéticas presentes na história das artes.
Scketch projetado.
No primeiro tempo a exposição prática baseou-se na construção passo a passo de um sketch mostrando a ligação com matérias que os alunos já conhecem de formação escolar. Fomos levantando em conjunto um quadro com um objeto que terminou a mover-se sozinho, interagindo com os limites da tela e com os valores do rato. Ajudaram a construir e pôr em funcionamento esta estrutura física baseada na soma, na subtração, multiplicação e inversão de valores de negativo para positivo (inversão de direção) com base em condições simples. Abordámos também os valores de côr por adição em sistema RGB.
Deixo aqui algumas notas de resumo e o sketch que foi construído passo a passo na oficina para algum aluno que queira.
Conceito de programação por objeto e biblioteca de classes
Funções iniciais: Setup e Draw
As coordenadas cartesianas
width, height, tamanho ecrã, proporção com divisor /2 /3, etc
Formas simples – rectângulo, elipse, sistema de coordenadas cartesiano.
Variáveis decimais e inteiras
Condições IF, maior e menor.
A julgar pela forma como os alunos foram participando penso que estes conteúdos foram facilmente percebidos pelos jovens, havendo até informação que não tinha sido lecionada ainda como o sistema de cor aditiva, RGB, os números negativos e o sistema cartesiano. Como cada oficina foi proposta para dois tempos de 50 minutos por turma, nesta primeira introdução teórica não se conseguiria adicionar mais matéria. Tento sempre apresentar esta informação convidando a participação dos alunos para que se não torne numa exposição massuda e passiva, julgo que tem resultado, pelo menos para estes tempos.
Foto Rosário Fernandes – CME
A segunda parte da oficina consistiu na experimentação de alguns sketches demonstrando funções de arte generativa e interativa que adaptei para interação óptica. Usei deteção de contraste e deteção de brilho, formas de deteção mais simples, e a partir da imagem da webcam os alunos interagiram com partículas, cores e formas, geradores de caracteres e processamento de imagem. Foi objetivo que cada aluno produzisse pelo menos uma obra, o que foi praticamente atingido excepto nalguns casos que formaram imagens em grupo ou alguns jovens que não quiseram (3).
Algumas das bibliotecas utilizadas nos exercícios práticos:
ControlP5 : Para criação de interface gráfico CVImage: Utilização de visão computacional. PeasyCam: controlo de câmera virtual através do rato. PixelFlow: computação para física de fluidos e SoftBody dynamics… Video: Acesso à webcam ToxicLibs: simulação de física de forças.
Conclusões. Penso que grande parte dos alunos do 5º ano estão obviamente entusiasmados com as tecnologias, talvez por isso parecem mover interesse para a programação. Pelo facto da sua capacidade de concentração em matéria teórica ser diminuta pareceu-me que o desafio está nas mãos do professor adaptar o programa da aula para que se alterne entre aprendizagem passiva e ativa de forma a rentabiliza melhor o tempo de concentração dos alunos. Inicialmente, nomeadamente na primeira sessão, os tempos da oficina não foram bem apurados o que levou a alguma indisciplina e desatenção por parte dos alunos, sobretudo no final da primeira parte. Nas seguintes sessões fiz com que a exposição fosse sempre com a colaboração dos jovens e correu melhor. Escolhi o 5º ano para esta oficina porque o programa escolar prevê já para esta fase a aprendizagem da lógica da programação orientada ao objeto e estas oficinas práticas podem ajudar na percepção do fácil alcance com base na motivação fora do âmbito escolar obrigatório. As plataformas de programação criadas para as artes são fáceis de utilizar e pertencem a uma realidade colaboracionista de código aberto e as comunidades online promovem o auto-desenvolvimento. Além disso servem não só as artes como se estendem à protótipagem nas mais variadas áreas de conhecimento. Através das aplicações gráficas o estudante pode visualizar o funcionamento da matemática e da física. Etc…
Foto Rosário Fernandes – CME
Usei dois computadores, um para o processo de programação e controlo e outro para transmitir o ecrã com a programação. Dois projetores de vídeo, uma webcam e respectiva iluminação.
O meu agradecimento a todo o pessoal escolar que apoiou sem reservas e sempre disponíveis, às professoras Lina Bolas e Carmen Alvalade que coordenaram a agenda na escola. Obrigado ao pessoal da CME que fomentam, apoiam e acompanharam o processo destas oficinas, nomeadamente Susana Russo e Rosário Fernandes. Acho que foi uma valiosa experiência, os alunos mostraram-se interessados e no final de cada sessão ouve alunos a pedirem-me informação sobre a plataforma online o que me deixou uma particular satisfação.
Os condensadores são utilizados em quase todos os produtos electrónicos de diversas formas. São carregados por uma corrente, quando chegam a um valor de carga, libertam essa corrente de uma só vez. É esta alternância que opera o flash de uma camera ou um sintonizador rádio impedindo danificar altifalantes, p.ex.
Tempo Os condensadores podem ser usados num circuito dependente do tempo, assim a carga-descarga ocorre em intervalos regulares. Isto pode ser ligado a qualquer díodo emissor de luz ou sistema de altifalantes, fazendo luzes intermitentes ou frequências sonoras.
Filtro regulador A eletricidade em corrente alterna oscila a intervalos regulares (50 ou 60Hz), o que significa que a carga num circuito muda constantemente entre positivo e negativo. A potência de saída de uma fonte Alternada será maior do que a de uma fonte de corrente contínua. No entanto, muitos dispositivos utilizam corrente contínua através de um condensador. Um condensador pode converter de alterna para contínua, “suavizando” a corrente. Durante a oscilação entre valor maior e menor um condensador irá carregar à medida que a corrente sobe e no pico irá descarregar, uma vez totalmente descarregado, ele começa a carregar novamente, para que a corrente de saída nunca tenha tempo de mergulhar totalmente e funcione como se fosse corrente contínua.
Acoplamento Os condensadores podem deixar passar a corrente AC mas bloquear a corrente DC. Isto é usado no caso de um altifalante. Os altifalantes funcionam convertendo uma corrente alterna em som, mas podem ser danificados por qualquer corrente direta. Um condensador impede que isto aconteça.
Afinação Os condensadores variáveis são usados em circuitos de sintonia em sistemas de rádio, conectando-os a um oscilador. O condensador carrega e depois descarrega para uma bobine de fio, gerando um campo electromagnético. Uma vez que o condensador é totalmente descarregado, o campo magnético começa a colapsar, recarregando o condensador. Esta corrente de carga e descarga ocorre em intervalos regulares, mas pode ser alterada alterando o condensador. Se a frequência destes intervalos for igual à frequência de uma estação de rádio próxima, então o amplificador no rádio reforçará este sinal e você ouvirá a transmissão.
Armazenamento de Energia No caso de p.ex., um flash de uma camera, precisamos de uma acumulação de energia e depois uma descarga repentina. Exactamente o que um condensador faz.
Este artigo descreve o desenvolvimento de um leitor de impulsos telefónicos e tocador de samples audio (poemas – cada digito um poema). Um desafio que me foi lançado por Carlos Moura-Carvalho, autor da ideia, para instalação artística em 3 estabelecimentos comerciais de conceito cultural em Lisboa.
A sinalização decádica era utilizada para o envio de informações – dados numéricos, ou mais simplesmente código binário – do telefone para as centrais telefónicas automáticas. Originalmente esta sinalização é gerada por um “disco” que abre e fecha o circuito periodicamente gerando uma série de impulsos de acordo com o número selecionado no disco telefónico.
Esta era a tecnologia telefónica na minha juventude, o que aumentou o entusiasmo de abraçar o projeto.
ESTUDO INICIAL:
Para além de conhecer bem o sistema destes telefones desde jovem, a ideia de um leitor-intérprete de impulsos não me pareceu difícil de conseguir através dum microprocessador como o Arduíno ou Raspberry Pi, programando rotinas de contagem de alteração de estado nas portas de entrada. Por outro lado, ao estudar melhor a questão, relembrei que estes aparelhos eram alimentados por corrente eléctrica através da linha, entre 2.5V e 5.5V, valores muito próximos dos utilizados pelos controladores Arduíno e Raspberry, no entanto para geral impulsos de toque tem condensadores que geram picos de 250V para arranque das campainhas. Para simplificar, não correr riscos e como não tinha propósito de fazer tocar as campainhas do telefone optei por fazer uso das ligações diretas internas para obter os pulsos analógicos simples de interrupção/continuidade de forma passiva. Desta forma descartei a possibilidade de usar o circuito interno e usar somente a mecânica do disco de impulsos.
portas do pulsador e campainha
esquema interior do telefone
tabela de medições
Depois de perceber o circuito, e de fazer medições de valores de resistência, revelou-se que alterando as ligações nas portas de saída teria o que necessitava: O envio dos impulsos para o Pi e o retorno do som para o auscultador através de um único cabo. Precisei portanto de 4 condutores pelo que escolhi cabo de rede cat6 (6 condutores), o comprimento necessário é curto pelo que o isolamento de interferência é dispensável.
PLANO DE HARDWARE:
Porta para leitor de impulsos
Porta para auscultador (pretendia ligações internas, sem cabos exteriores, pelo que soldei contactos nos condutores da caixa TRS de 3.5mm do audio analógico)
Alimentação para ventilador
Porta para LED de estado
Porta para interruptor shutdown (para encerrar diariamente o sistema sem problemas de memória flash)
Esquema
Adicionei uma pequena resistência de 10KΩ na porta do leitor de impulsos para garantir que o valor em estado aberto seja praticamente infinito. O facto de não existirem ligações internas ao audio analógico fez-me sugerir à comunidade Raspberry que se inclua numa próxima atualização essa particularidade. Seria muito bem vinda por parte dos utilizadores e será muito simples de incorporar, quase sem custos adicionais. O ventilador de refrigeração vinha com a caixa SNESPI o que garante tranquilidade para operar durante o verão. O aumento de consumo de corrente é muito pequeno (100mA). Como tal optei por ligação direta, sem configurar nenhum controlador de velocidade/temperatura.
O desligar do sistema poderia, esse sim, criar problemas, pois o Raspberry não tem interruptor, o projeto não incluí ecrã, nem interfaces de acesso e o corte de corrente poderia acontecer quando algum fluxo ao cartão SD decorre levando à perda de informação. Já me aconteceu numa instalação vídeo-art, felizmente estava perto e pude substituir rapidamente o SD de sistema pelo de salvaguarda. Então com base neste projeto adicionei um botão de Shutdown que acciona uma rotina de fecho do sistema e desliga todo o software. Somos avisados por um LED, que se apaga quando encerra, e sabemos quando podemos desligar a corrente. foi baseado neste outro projeto com umas pequenas alterações.
Circuito electrónico
Montagem
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A segunda fase dirigiu-se para a criação do software para comunicação com as portas do Raspberry (3B), para isso teria que resolver as seguintes questões:
SOFTWARE:
Programa leitor de impulsos e sample player.
Inicio do leitor de pulsos com um auto-run logo após iniciar o sistema operativo.
Permitir a utilização de uma pen USB para posterior alteração dos samples audio.
Rotina do botão de shutdown e do LED de aviso.
O Sistema operativo que usei foi o Raspbian (2019-04-08-raspbian-stretch), disponho mais pormenores de configuração do Raspbian neste artigo: Raspberry Pi Tips. Poderia ter utilizado a versão Raspbian sem interface visual, mais leve mas de qualquer forma apenas configurei gráficos na fase inicial para ter feedback à medida que depurava o código. A partir daqui eliminei todo o processo gráfico dentro do sketch.. O programa contador de impulsos foi feito em Processing porque estou mais confortável com a linguagem (Java / C / C++) e teve de ser construído praticamente de raíz. Encontrei poucos exemplos de rotinas que resolvessem a questão dos ciclos de contagem. Precisava de vários passos de confirmação dos gestos feitos pelo utilizador apenas com leitura nos impulsos, ou seja:
1. Espera 1 (modo OFF); 2. Levantar o auscultador; 3. Emitir sinal de presença; 4. Espera 2 (modo ON); 5. Marcar uma série de impulsos; 6. Verificar que a série terminou; 7. Usar o último valor da série para disparar o respetivo sample; 8. Recomeçar a espera 2. ou 9. Encerrar – iniciar a espera 1.
Mais baixo deixo o programa, que é auto-explanatório, no entanto abordo a questão de como resolvi a contagem através de ciclos de espera:
A primeira rotina verifica se o auscultador está no descanso (GPIO.HIGH). Se confirmar aumenta a variável off_time e reinicia a variável on_time. Segunda rotina verifica se off_time é superior a 20 (valor que calculei acima do intervalo dos impulsos do discador): – se sim assume que desligaram o telefone, pausa o som de presença e reinicia as variáveis flag, count e off_time; – se não for superior a 20 e a flag for igual a 0, aumenta o contador countflag passa a 1 (verdadeiro) .
if (GPIO.digitalRead(4) == GPIO.HIGH) {
off_time++;
on_time = 0;
if (off_time >= 20) { // more than 20: DOWN
if (playertone.isPlaying()) {
playertone.pause();
}
flag = 0;
count = 0;
off_time = 20; // stop adding numbers
}
if (off_time < 20) { // less then 20: COUNT
if (flag == 0) {
count ++;
flag = 1;
}
}
}
Se o auscultador estiver levantado (GPIO.LOW), então passa a falso a variável off_time e flag. Verifica se o tempo entre on e off foi maior que 20 e passa o valor do contador count para a variável que escolherá o sample audio a tocar switchPoema.
if (GPIO.digitalRead(4) == GPIO.LOW) {
off_time = 0;
flag = 0;
}
if (on_time > 20) {
on_time = 0;
}
on_time++;
if (on_time > 10) {
switchPoema = count;
count = 0;
}
O restante código pode ser visto no próprio ficheiro e tem comentários nas rotinas. Deixo aqui o resumo e anexos:
2. Continuar com opções: para teclado oficial instalar English-US
3. Atualizar os repositórios para novas versões dos pacotes instalados:
$ sudo get-apt update
4. Atualiza tudo para as novas versões.
$ sudo apt-get upgrade
(ou atualizar num só comando: apt-get update && apt-get upgrade)
Configuração a partir da consola de controlo:
$ sudo raspi-config
1. Ativar SSH (no exemplo saída está a ser definida para 2, que é HDMI. Configurando a saída para 1 muda para analógico-jack. A configuração padrão é 0, que é automático.)
$ amixer cset numid=3 2
A partir do ecrã de configuração > opções avançadas > audio (HDMI ou Analog)
Tecnologias multimédia com intervenções plásticas.
13 Março 2019
Na sequência da apresentação do evento “O Cante Acusmático de Pias” com videomapping sobre a fachada da Igreja do Salvador, na abertura do Artes à Rua (12 Julho 2018) experimentou-se uma performance com recurso a artes plásticas tradicionais para provir a intervenção multimédia de um cariz orgânico. Resultou numa dinâmica de ação em tempo real, verdadeira intervenção performática que aproxima a multimédia, condicionada no seu universo digital, programático e virtualista do campo do humano, improvisado e emocional.
Na continuação da nossa ação artística achamos essencial transmitir esta prática para que se possa chegar a novas formas na mão de outros, o que nos traz a esta oficina por resposta ao projeto de Cidade Educadora do Artes à Escola, o qual esperamos que seja bastante frutífero.
Neste dia, alguns professores e alunos dos cursos de artes receberam-nos e tivémos a alegria de partilhar conhecimento e experimentar novas formas de expressão.
E.S. Gabriel Pereira (foto do agrupamento)
Equipamentos que usámos no videomapping com mesa de intervenção plástica:
Camera DSRL ( Canon 550D – ligação a computador USB)
Tripé ou estrutura que permita fixação vertical da câmera sobre amesa
Computador com saída extra de monitor (usámos um macbook)
Camera Live : Software para streaming de cameras (mac)
syphon : Programa para transmissão de imagem live entre aplicações
Camtwist : Software para efeitos vídeo em tempo real
VPT : software de mapeamento e controlo video (com fundos de imagem, video, syphon)
Mesa com área para performance plástica
Iluminação de 2 lados, de luz branca (+6,000 k)
Projector vídeo (10.000 lumens p evento) (4.500 lm paraensaios) lentes de acordo com a distância de projeção (Throw ratio)
estúdio de ensaios de videomapping para “O Cante Acusmático de Pias”
Ficámos muito satisfeitos com o interesse e imaginação do grupo de alunos que participou na oficina. Na introdução teórica pudemos descrever a nossa missiva de experimentação que se baseia na procura de orgânicas plásticas nas formas tecnológicas e digitais de fazer a arte. Foi descrita com algum pormenor o método que elaborámos e a ‘paraphernalia’ tecnológica com a sua sequência de ligações.
Alguma abordagem teórica em relação à história deste tipo de arte permofática, nomeadamente em relação ao universo local que também tem tido os seus artistas que acompanharam a par movimentos artísticos fora de fronteiras.
Da experimentação resultaram quadros visuais bastante interessantes, utilizando meios tão distintos como do acrílico à tinta de alcool, papel, óleos sobre água, projeção corporal ou sobre um pequeno cenário montado com diferentes volumetrias. As imagens são processadas em tempo real o que permite variações sobre as composições gráficas produzidas. É um trabalho que só funciona no seu pleno se for participativo. Estimula a sincronia entre atuações.
Esperamos repetir a experiência, estão a ser feitos contactos com outras escolas para alargar a outros jovens e professores. Com estes exercícios extra-currículo escolar abrem-se possibilidades de formação recíproca, troca de ideias que levam todos os participantes a aumentar o seu intento criativo, tão necessário para a capacidade de resposta do individuo no mundo dinâmico em que vivemos.
Agradecimentos aos professores Leonor Serpa Branco, Ana Teresa Fialho e Jorge Firmino, também à professora Cristina Maia pelo olhar fotográfico e a todos os alunos que colaboraram, à Susana Russo e à Divisão de Educação da Câmara Municipal de Évora.
Foi um projeto organizado no seguimento do trabalho da OFICINA•DO•ESPIRITO – coletivo de artistas, na minha pessoa e do Feliciano de Mira.